Da contabilidade as artes plásticas

Oi gente! Me perdoem a ausência aqui no blog. O estágio e a vida universitária não tem me dado muito tempo para fazer as coisas que eu realmente amo fazer. Mas encontrei alguns minutos para compartilhar uma experiência muito especial que eu tive no mês de Março. Espero que vocês gostem do post de hoje :)


Carlos Torriani é nascido em Mogi Mirim / SP e é artista plástico. Tive o prazer de conhece - lo em durante um Workshop de fotografia que aconteceu no dia 16 de Março aqui em Itapira com o fotógrafo Fábio Zangelmi. Fiquei simplesmente apaixonada com o talento que ele possui pra desenhar e logo decidi que deveria fazer uma entrevista com ele aqui para o Vou te Contar Sobre Livros. Deem só uma olhadinha no que ele contou pra gente!




VTSB: Quando você decidiu que partiria para a parte artística?

Carlos: Eu desenhava desde moleque e desde adolescência eu me lembro que fazia muitos retratos em grafite. Quando eu parti pra parte adulta, vi que não ia fazer faculdade logo de cara. Sou formado em curso técnico, aí montei uma banda e fui tocar. Nesse tempo tocando e fazendo alguns cursos na parte administrativa eu desenvolvi trabalhos de artes plásticas pra decoração, pra quarto de criança, por exemplo. Vi que na verdade não foi uma escolha, foi meio que jogado assim, eu não conseguia sair da arte, eu tentava ir pra parte administrativa, mas sempre pintava algum trabalho artístico: ou era música ou pintura e a pintura começou aparecer mais, acho que por conta da própria aptidão. Percebi que era isso que estava dominando a minha vida, resolvi me focar nisso. Comecei a pesquisar mais sobre arte decorativa, história da arte, comecei a dar alguns cursos em casa de desenho e pintura, até que virou profissão. Em 1996 eu comecei a brinca com isso né, vender retrato, mas foi em 2000 que eu percebi que já estava mergulhado em artes plásticas.

VTSL: Você chegou a fazer outros cursos?

Carlos: Depois de alguns anos eu percebi que eu precisava me especializar mais, conhecer outros profissionais da área. Foi aí que eu resolvi fazer faculdade, pra ver o que ela tinha a oferecer e percebi que tinha mais da parte cultural, filosofia, sociologia, cultura brasileira. Da parte arte plastica eu percebi que já tinha dominado muita coisa por conta própria. Mas foi mesmo pra enriquecer um pouco mais o currículo. Também me envolvi com teatro, dança, a própria música... Mas artes visuais é o forte mesmo.

VTSL: E onde você percebeu que fotografia se encaixava nisso e que seria uma paixão pra você também?

Carlos: Eu tinha aquela impressão, quando a gente lembra da pintura impressionista, que eles saíram do estúdio e foram pintar ao ar livre, que foi na mesma época que surgiu a fotografia. Eu curtia isso de pintar ao ar livre, mas ás vezes isso me incomodava, porque ás vezes eu passava por alguma paisagem, mas não tinha tempo de ficar lá, então fazia uma fotografia e muitos dos trabalhos que eu faço, falta referência da fotografia e muitos dos trabalhos que chegavam pra mim, a fotografia não tinha qualidade, então eu pedia pra pessoa se eu mesmo podia fotografa - la, posicionava a pessoa, procurava uma luz que ficasse bacana pra pintura e batia a foto. Foi aí que eu percebi que precisava saber mais a respeito de foto e fotografia. Conhecer os tipos de máquina que existem por aí, luz (que é algo que está muito ligado a pintura e não tem como fugir disso) , de composição.

VTSL: E dos trabalhos que você fez, tem algum que te marcou muito ou demorou muito tempo pra fazer?

Carlos: Sim. Teve um que se chama "Beijo Molhado" foi uma foto do J.R Dulian de um casal se beijando debaixo d' água. Eu escolhi uma técnica bem difícil, que é o pastel seco. Fiquei dias trabalhando nela, pra fazer o efeito da água, do casal. Mas eu curti, ficou muito bacana. Eu tô partindo mais pra esse lado, hiperrealismo, horas e horas fazendo um quadro. Mas pra mim, o efeito fotográfico da pintura é incrível. 

VTSL: Tem algum artista que você se inspira muito?

Carlos: Gosto muito do Van Gough, do Monett, mas atualmente é o Felipe Massafrano, que é um ilustrador, ele é um menino ainda, mas o trabalho dele é bom demais. 

VTSL: E que conselho você dá pra quem gostaria de entrar no mundo das artes visuais?

Carlos: Primeiro ele precisa sentir paixão por isso, porque se você não gostar, não vai existir dedicação, não vai querer ficar horas ali desenhando. E se especializar mesmo, fazer cursos, estar sempre estudando, entender todos os processos da arte, e praticar muito! Você não precisa nem fazer faculdade, mas conhecer os trabalhos de outros artistas, ler os livros dos grandes mestres vai te dar muita bagagem.

Confiram algumas das obras do Carlos:








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